sábado, 19 de julho de 2008

Este fim de semana vai dar barraca!!!



Desde pequenita que me lembro de ir acampar. Admiro a pachôrra que os meus pais tinham para irem com dois putos pequenos, uma tenda barraca daquelas tipo T4, uma data de tralhas desde alguidares, fogão, colchões, roupas, cebolas, batatas...and so on. E não havia cá parques com arruamentos e jardinzinhos todos catitas! Nã senhor! Era campismo selvagem, no meio da mata e à beira da praia. O banhito tomava-se nos balneários públicos ali ao lado e mai nada! Não havia cá mariquices para ninguém.


O que é certo é que era divertido, pelo menos para mim, para o meu irmão e os nossos primos que nos fartávamos de brincar com outros putos cujas famílias também viravam nómadas naquela altura do ano. Consta até que eu própria fui produzida no interior de uma tenda algures nas proximidades da praia da Zambujeira. Diz o meu pai, com ar maroto. A minha mãe limita-se a corar e não comenta. Mas também não nega.


O que é certo é que eu sempre tive esta veia de campista. Adoro montar a barraca e enfiar-me lá dentro. Adoro as comidas enlatadas que só no campismo me sabem como se fossem iguarias da melhor categoria. Adoro adormecer com o som dos grilos e das cigarras (das melgas é que não!!!) e embalada pelo "zzzzzuuttt" dos fecho-éclair a abrir e a fechar as tendas. Adoro aquela vivência reduzida ao essencial, que nos permite desfrutar de outras coisas bem mais importantes e que nem sempre valorizamos: o sossego, a paz, uma boa conversa noite dentro, uma gargalhada.




E quando chego a esta altura do ano e me apercebo que ainda não fui acampar este ano, até parece que me falta o ar. É uma necessidade imperiosa. Nem que seja apenas por uma noite, que é o caso, mas de hoje não passa:




VOU MONTAR A BARRACA!






zzzzzuuuutttttt!

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