sexta-feira, 27 de julho de 2007

Hiper-ligação


Às vezes acontece o universo conspirar para fazer com que as pessoas certas se encontrem no momento certo, na situação exacta. E por vezes, essas pessoas dão-nos um abanão tão grande que a relação que estebelecemos com elas ultrapassa largamente todos as previsões.



Foi o que aconteceu comigo, a X., a A., o P. e a G. De colegas de trabalho passámos a amigos verdadeiros, dadas as experiências intensas que partilhámos. E é uma alegria de cada vez que nos juntamos, como ontem!


No dia em que deixámos de trabalhar juntos no projecto que nos uniu durante três anos, juntámo-nos numa jantarada, não de despedida mas de partilha - do passado, do presente e das expectativas e medos em relação ao futuro.


Nessa noite escrevi este texto, que agora publico aqui e dedico às mesmas pessoas, com o mesmo carinho!


E é assim que, chegada a este momento, me dá ganas de dizer algo sobre o que foram para mim os últimos três anos. Pois, e é precisamente aqui que a porca torce o rabo! É que uma página em branco lança realmente um dilema: há tanta coisa que quero dizer que nenhuma opção me parece suficientemente boa ou a correcta.
Correndo o risco de parecer demasiado óbvia, demasiado simplista ou até redundante, confesso que só me ocorre a palavra “híper” – que, na verdade, não é uma palavra mas sim, segundo a 8ª edição, revista e actualizada, do Dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora, um “elemento de formação de palavras que exprime a ideia de além de, muito, exagerado, excessivo (...)”.
Sugestivo, não?
Mas ainda assim, parece-me pouco. É que híper é apenas o prefixo da essência do que quero dizer. Assim sendo e dada a minha dificuldade de expressão, o melhor é fazer uma breve retrospectiva.
Cheguei ao projecto híper-entusiasmada mas logo fiquei híper-aflita quando percebi que tinha de me híper-actualizar para conseguir fazer um híper-trabalho, num contexto híper-exigente, híper-stressante onde, felizmente, encontrei uma híper- equipa, híper-motivada e híper-sólida. Ultrapassada a fase inicial de “híper-tensão” entrei numa espécie de euforia, perdão,... creio que no meu caso se diz hiperactividade. E daqui... já não tive melhoras...!
Cada ideia nova me deixava mais histéric... perdão, entusiasmada, com uma enorme vontade de dar e aprender mais a cada dia, com uma renovada força para troçar das adversidades e fazer-lhes frente. Uma enorme energia que me inundou e me fez mexer, crescer com cada gesto, cada expressão, cada sorriso cúmplice, cada crítica, com cada pequena vitória alcançada e cada frustração partilhada.

Três anos! Passaram num piscar de olhos, entre sonhos e desilusões, argumentos e emoções, com receios e certezas, com lágrimas de alegria e de tristeza, sob o calor reconfortante da extraordinária força que nos uniu e nos moveu para dar todos os nossos litros (e mais uns emprestados...).
Fins-de-semana, feriados... olhos cansados, cérebros esmifrados e, quando exaustos começávamos a cair – PIMBA! – alguém tinha sempre a iniciativa de pôr os outros a rir!
E é assim que, chegados a este momento, um novo começo se aproxima, uma nova página em branco aparece à nossa frente, trazendo de novo o dilema - “mas o que é que eu hei-de escrever?!”

Bom, isso eu não sei – é um verdadeiro dilema em que nenhuma opção parece ser a mais correcta.
Mas uma coisa eu sei, com toda a certeza: às pessoas extraordinariamente HÍPER que me acompanharam nesta viagem, devo dizer um híper obrigado! Por todas as figuras de estilo, adjectivos, advérbios e vocábulos com que enriqueceram para sempre a narrativa da minha vida!
Um muito, excessivo, exagerado OBRIGADA A TODOS!!


"Aqueles que passam por nós não vão sós; deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."

A. Saint-Exupèry

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Afinal, há pior!


Recebi isto por e-mail. Eu, devagarinho e com muita concentração, consegui!! Tentem lá vocês, sem se engasgarem!


(ler em voz alta) (read it loud)


Três bruxas olham para três relógios Swatch. Qual bruxa olha para
qual relógio Swatch?

Agora em inglês / Now in English:

Three witches watch three Swatch watches. Which witch watch which Swatch watch?


Foi fácil?... Então agora para os especialistas.
Easy?... Then now only for experts.

Três bruxas suecas e transexuais olham para os botões de três
relógios Swatch suíços. Qual bruxa sueca transexual olha para qual botão de qual relógio Swatch suíço?


Agora em inglês / Now in English:


Three Swedish switched witches watch three Swiss Swatch watch
switches. Which Swedish switched witch watch which Swiss Swatch watch witch?

Afinal... o português não é assim tão difícil...

segunda-feira, 23 de julho de 2007

E pensar que em Setembro recomeça tudo outra vez...

Até que enfim que o ano de trabalho está a chegar ao fim!
Este é o meu retrato típico no final de um dia de trabalho!
É uma imagem (de) animadora, não?...

domingo, 22 de julho de 2007

Beleza Humana...

Esta noite acho que tive uma daquelas visões que nos acompanham toda a vida! Não foi nada de especial e, ao mesmo tempo, teve tudo de único. Foi apenas um serão tardio passado com o meu "caramelo", hoje mais derretido do que nunca. Foi apenas um dia normal, sentido com uma sensibilidade extremamente apurada! Foi apenas um momento, em que vi o quanto somos especiais, pelo simples facto de estarmos vivos... e juntos.
"Sometimes there's just so much...beauty in the world...I don't think that I can take it..."
Foi assim, assistindo a um dos meus filmes de culto (American Beauty) que me apercebi que mais do que as dívidas, mais que o cansaço, mais que as férias que tardam em chegar e todo o raio de problemas que me possam bater à porta...há que saber parar e ... "smell the roses"!

Por mais infelizes que julguemos ser, haverá sempre bons e teimosos motivos para sorrir e sentirmos que somos as pessoas mais felizes e afortunadas à face da terra.
E, meus amigos, é bom que gozem bem estes momentos de profunda lucidez: são raros e nunca sabemos quando poderá ser o último!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Presos por ter cão...

Quem leu o post anterior já percebeu que eu gosto de levar a minha cadela para onde eu vou, sempre que isso é possível. Quer isto dizer que eu procuro e frequento sempre praias não concessionadas porque nestas é permitido ter animais.

E o incómodo que é levar a minha cadela para a praia! Vejam:

1º - antes de sair de casa tenho de garantir que levo um recipiente para lhe pôr sempre água fresca (para mim não é necessário, só para ela). Tenho de me lembrar também sempre de levar alguns sacos de plástico, não vá o animal sujar a praia com o plástico da sande de coirato! Aliás, se não fosse por causa dela, nem precisava de sacos para o lixo... que trabalheira arranjar estas coisas todas!

2º - antes de ir para a praia tenho de garantir que ela já fez todas as necessidades em local apropriado. Sim, porque com os cães não é como com as criancinhas, que se estiverem muito aflitas é ver as mães a dizerem: ó filho, vai ali atrás que ninguém vê! Toma lá papel. Alguém repreende a mãe ou a criança por não ter ido à casa de banho antes de vir para a praia?

3º - assim que chegamos à praia tenho de abrir logo o chapéu para fazer sombra - não por causa da comida, não por causa da água. Apenas e só para a minha madame poder bezerrar à sombra à vontade! E ali fica o dia todo se for preciso! Até irrita, alguém conseguir relaxar assim tanto na praia! Nem vai travar conhecimento com outras pessoas, nem nada. Que anti-social!

4º - a ida ao banho é a parte pior - é preciso cercá-la, enganá-la e apanhá-la distraída para a levar sequer perto da água. Acho que se sente incomodada por tomar banho numa água onde estão -blharg! - tantas pessoas...

Apesar de todos estes "incómodos" a bicha ADORA ir para a praia. Mesmo apesar de haver pessoas que falam alto ou que se sentam demasiado perto de nós quando a praia está quase vazia. Mesmo quando há crianças cansadas e a precisar de dormir a sesta que passam mais tempo com birras do que a curtir a praia. Mesmo quando há pessoas que "se esqueceram de ir antes..." e que se aliviam no mar ou nas rochas ou nas dunas (e nem apanham com o saco - blharg!!). Mesmo quando encontramos a praia suja e a deixamos limpa.

Mas pronto. Eu sou uma "daquelas" pessoas que não respeitam os outros porque levo um cão para a praia.
Devia era estar calada.


Presos por não ter cão...

Desde sempre que me lembro de contactar e gostar dos animais e principalmente de gostar de os ver bem, em liberdade e felizes. Lembro-me de durante muitos anos ter tido periquitos, gerações e gerações de periquitos. E lembro-me de não gostar de os ver na gaiola e vá de soltar a passarada toda em casa, para desespero da minha mãe! Ok, isto nem sempre era o melhor que podia fazer por eles mas enquanto criança quem é que me fazia entender que era melhor para os bichos manterem-se na segurança da gaiola? Quando percebi isso, deixei de ter aves, pelo menos não tinha de vê-las presas. É que para mim, um animal de estimação tem de fazer parte da família e se mais ninguém estava atrás de grades...achei que não era justo.

Hoje tenho cães - cinco em casa dos meus pais e uma que vive comigo (um dia falarei dela). A decisão de levar uma bolinha de pêlo para casa foi, necessariamente reflectida - sabia das implicações que isso ia trazer à minha vida e aceitei-as todas. Ela adaptou-se perfeitamente à vida de casa (leia-se de madame) e aos horários e rotinas dos donos (é impressionante, parece um relógio). Como elemento integrante da família tentamos que nos acompanhe para todo o lado. Mas isto exige um certo planeamento das nossas vidas, não podemos ir assim para qualquer lado se sabemos à partida que ela vai ter de ficar no carro!

E porquê esta conversa toda? Porque estamos no verão. Porque estamos em época de férias. Porque infelizmente nem toda a gente pensa neste tipo de implicações quando decide ter um cão. E porque esta é a "época dos abandonos".
Das duas uma, ou as pessoas revêem os planos de férias de modo a poderem levar os seus amigos de quatro patas, ou então arranjam soluções para os poderem deixar nesse período - familiares, amigos, hotéis para animais. Ou então, não arranjem cães! Agora não entendo como é que alguém pode simplesmente largar uma parte da "carga"a meio do caminho! Será que também faziam o mesmo aos filhos, se ele não "coubessem" nos planos de férias?

Marido: Querida! Já sei, este ano vamos fazer um safari! Contacto directo com feras e outros animais selvagens!
Mulher: Que máximo, querido! Mas... se calhar não podemos levar os pequenos, não?
Marido: Hum...pois...talvez não. Mas levamos na mesma e depois logo se vê!

(já no safari, dentro do jipe)

Marido: Então, conseguiste despistá-los?
Mulher: Ah, foi fácil! Atirei os bollycaos lá para longe e pirei-me a correr! Nem deram conta! Oooolha um elefantinho! Que queridooo!

Não parece lá muito bem pois não?

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Até me dá arrepios!...

Dizem que a língua portuguesa é uma das mais difíceis de aprender - eu cá não sei, com 1 ano já me desenrascava bastante bem ; )
Claro, para os estrangeiros entendo que seja um pouco difícil, afinal é uma língua cheia de particularidades e com uma fonética extremamente rica.
Aceito que haja atropelos ocasionais por causa de regionalismos, distracções ou por iliteracia.

Agora o que me dá a volta aos nervos é ouvir na nossa televisão nacional supostos profissionais a darem calinadas graves e ainda por cima todos convencidos de que são os maiores!

Existem vários, mas estes dois exemplos são para mim como facadas, sobretudo pela sua frequência:


"vai de encontro a..." - uuuui! Lá estão os pelinhos em pé! Vai ao encontro de tudo o que eu disse, não vai?

"Estive a desfolhar este livro..." - ai sim? E tinha maçaroca? Não?! Então experimente folhear, que desfolhar será algo como arrancar as páginas ao livro e nós não queremos isso, pois não?


...pronto(s), - mais um - já recuperei o ritmo normal da respiração e os batimentos cardíacos já desceram até aos 130/min. Quase normal. Por motivos de saúde, não posso continuar a falar sobre este tema. Mas gostaria muito de saber quais os erros mais frequentes, que mais vos irritam!

Ah, e sempre que possível corrijam. Não para se armarem em espertos mas para ajudar a que a nossa língua seja usada como deve (de) ser... oops... olha outro!

...130...135...149...163... aaai! Lá vem a taquicardia!

terça-feira, 17 de julho de 2007

As férias, o trabalho e as contas para pagar

Talvez não seja o melhor "caixote" para abrir, logo no início de vida deste espaço, mas é que há coisas que não me saem da cabeça, por mais que tente pensar positivo e encher-me de boas vibrações! Estou a três semanas de ir de férias - as únicas férias que tenho ao fim de ONZE meses ininterruptos de trabalho - e a única coisa em que consigo pensar é em trabalho! Não, não sou workaholic (nem sei se é assim que se escreve...), não senhor. Sou uma trabalhadora perfeitamente normal e saudável que cumpre as suas obrigações e às vezes ainda se estica um pouco no conceito de obrigação - horas extra não cobradas, levar trabalho para casa, etc. O que me leva então a gastar 80% do meu tempo a pensar em trabalho? Simples: contas para pagar! Preciso urgentemente de uma 2ª (talvez até de uma 3ª) fonte de rendimentos! De tal forma que já nem vejo as férias como forma de descanso mas como tempo livre do emprego que poderei usar a trabalhar para poder pagar as minhas contas!

Uma pessoa bem tenta imaginar-se esparramada ao sol, a curtir o ócio puro e simples, mas fico tensa só de pensar no raio das contas que todos os dias me aparecem da caixa de correio para pagar! Esta deve ser a versão pobre da fama! É que estes meus "fãs" - da EDP, dos bancos, da PT e até da administradora do condomínio - são extremamente dedicados e nunca se esquecem de mim quer eu esteja em alta (?) ou não.
Dá vontade de fazer como as estrelas de verdade e responder a todos com uma simpática cartinha:

Meus caros, agradeço imenso todas as cartas que me enviaram. São bem demonstrativas do valor que tenho para vós. Posso garantir-vos que todas merecem a minha atenção e são lidas cuidadosamente. Infelizmente, compreenderão que não tenho disponibilidade para responder a todas, tal é a frequência com que enchem a minha caixa de correio. Até sempre!

Será que resulta e eles se esquecem de mim de vez?

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Casa nova

Pronto! Acabei de chegar. O essencial já cá está mas ainda me falta desempacotar muita coisa. As mudanças são engraçadas e normalmente são uma boa altura quer para deitar fora coisas das quais já não precisamos quer para encontrar outras que já não víamos há muito tempo. E também para adquirir muitas coisas novas para juntar ao nosso pequeno património. Esta nova casa servirá para isso mesmo.
Agora tenho de ir andando que os caixotes amontoam-se e há muito trabalho para fazer...
Em breve abrirei aqui um deles. Depois conto o que encontrei.