quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Em stand by...

Sosseguem! Ainda cá estou. Só que assim um bocadinho para o temperamental.
Quando sinto que preciso de mudar alguma coisa na minha vida, mudo a casa - neste caso, a minha casa virtual!
As obras eram para ter sido mais breves e o resultado final era para ser mais interessante, mas tal como as mudanças na minha vida, estas também demoraram mais do que o previsto e os resultados não foram os desejados!

Agradeço os comentários que carinhosamente me deixaram. Peço desculpa por não ter respondido. Também peço desculpa por andar um pouco afastada dos vossos cantinhos. Quando posso dou uma espretadela rápida mas não tenho tido nem muito tempo nem muita disposição para comentar.

Parece que o Inverno já instalou sobre mim...mas como todos os invernos, este também há-de passar e a Primavera não tarda está aí!


Obrigada por continuarem a passar por cá. Pela minha parte, vou tentar tornar os meus monólogos interiores mais organizados e deixar aqui algumas pérolas de um dia-a-dia absolutamente normal.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Este blog encontra-se...

ENCERRADO PARA OBRAS DE BENEFICIAÇÃO.
Pedimos desculpa pelo incómodo. Prometemos ser breves (yeah, right, depois de afirmar publicamente que sou um calhau nestas coisas!)
A Gerência.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Ainda me lembro de pensar que as pessoas que apareciam na televisão encolhiam para caberem lá dentro!

Eu já andava desconfiada. Mas acabei de ter uma confirmação tão calra que não há margem para dúvidas!
Ora cá vai (a partir deste momento não há retorno e vou ter de aguentar todos os insultos, excepto aqueles que me apetecer apagar - o blog é meu :P):
EU SOU UM ASNO NO QUE RESPEITA A INFOMÁTICA EM GERAL E INTERNET EM PARTICULAR!!!!
Pronto, já disse. Vá agora insultem-me! Já agora, não se aborreçam muito se eu não conseguir novamente fazer links para os vossos sítios ou se não for capaz de colocar aqui a imagem do prémio "Analfa-blogger" com que me vão presentear....quê?...hã? Ai ainda não existe esse prémio? Pronto, então crio-o eu porque, meus amigos, EU MEREÇO!
Estive mais de meia hora a tentar iniciar uma video-conversa com a câmara desligada! Se isto não merece um prémio não sei o que mais fazer!
Bom, posso sempre dizer-vos que até há pouco tempo acreditava que o e-mail era uma GRANDE casa onde uns duendes atarefados andavam a escrever as nossas mensagens num computador ligado ao nosso e que depois iam com a disquete passá-los para outro ligado ao do destinatário...mas voces não iam acreditar.
...pois não?...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

E o passe da CP, serve?

De há uns tempos para cá que me tem vindo a irritar de forma crescente a moda dos cartões para tudo e mais alguma coisa! Começaram por existir os cartões de algumas lojas mais conceituadas que permitiam ao seu portador aceder a facilidades de pagamento ou a preços especiais. Depois começaram a sugir os dos grandes hípermercados, para acumular pontos, habilitar-se a prémios fabulosos e a viagens que nunca saem a ninguém (!).

Agora não há loja onde entre onde não seja confrontada com a bela da pergunta "tem cartão *****?" sendo que os * se aplicam a todo o tipo de lojas, que comercializam todo o tipo de artigos.






No outro dia fui a uma dessas multinacionais que têm o mundo lá dentro - ele é livros, DVD's material informático, coisinhos e coisinhas de todos os feitios e ainda tem espaço para dar concertos e fazer lançamentos de livros e conferências e o catano - e depois do espectáculo a que fui assistir fiquei no bar da coisa a tomar um café. Lá me chego ao balcão - "um café se faz favor" - e qual não é o meu espanto quando levo com a pergunta do milhão de euros - "tém cárrtão fináqui?..." e eu espantada, respondo que não - mas eu, afinal, só queria um cafézinho...

A cara da empregada transfigurou-se numa expressão de quase repulsa perante a minha resposta e atira-me com um "então, são séssenta cêintchimos!!"...



Eu devo ter ficado com um ar um bocado atónito mas incomoda-me um bocado que me façam sentir a pior escumalha da sociedade só porque não possuo a p**** do cartão da loja X e Y e Z!! Acham que nós já andamos com pouco lixo nas carteiras?!



Qualquer dia estou a imaginar a tasca do Zé Estrôncio com o seu cartão de pontos e promoções:


uma rodada de cerveja = um pires de tremoços
um pires de tremoços = 1 palito
um copo de tinto = a 0,30€ de desconto na próxima rodada com os amigos
uma garrafa inteira de tinto = 0,70€ a descontar em bagaço
uma garrafa de bagaço = desconto de 20% nas urgências do hospital



É que tou mesmo a ver a loucura que vai ser!! É assim é que se chama a clientela, esta gente não visão de negócio!



domingo, 21 de outubro de 2007

"Não percam o próximo episódio, porque nós...TAMBÉM NÃO!"

E lá se passou mais um fim de semana!


Detesto esta hora dos dias de domingo!! É que esta hora é a hora de chegar a casa nos outros dias, o que significa que, na prática é como se já tivesse entrado na semana de trabalho! O tempo livre que me resta é igual ao de todos os outro dias e igualmente preenchido por necessidades imperiosas de fazer obrigações domésticas e afins.


Sim, porque aqui a menina passa tanto tempo do belo do fim de semana atarefada a tentar não fazer nenhum e depois quando chega a esta deprimente hora de domingo é que acorda e percebe que AMANHÃ JÁ NÃO HÁ MAIS!!!!!!!




E agora? E agora? - pergunto inutilmente e em desespero. Tenho de fazer qualquer coisa para APROVEITAR o tempo que resta!!!




E então, atrapalho-me toda, meto os pés pelas mãos e o cérebro nos calcanhares e fico que nem barata tonta a tentar decidir rápido uma coisa interessante e absolutamente não obrigatória para fazer. E, espantem-se, de repente dou comigo a limpar a cozinha enquanto me preparo para o que vou fazer a seguir e que ainda é um mistério!




E fico danada comigo mesma! Porque é que tenho violentos ataques de inspiração quando estou a trabalhar e não posso fazer as coisas que queria estar a fazer se pudesse estar em casa? Porque é que estou sempre a pensar em coisas como "no fim de semana faço isto" ou "da próxima vez que tiver um tempinho em casa faço aquilo"? E depois, quando estou de facto em casa, isso só, parece-me suficiente! E suficientemente deprimente porque para onde quer que olhe só vejo tarefas obrigatórias para fazer!!! QUE NERVOS!!! Que raio de correria esta que me faz andar constantemente a olhar para todo o lado sem conseguir realmente agarrar nada!!!

Bom, resta-me adormecer a minha criatividade inoportuna e esperar que volte a ser fim de semana para poder novamente ficar sem saber o que fazer.

sábado, 13 de outubro de 2007

I don' need to walk around in circles, walk around in circles walk around in...



Tenho andado a pensar na vida. É verdade, muito fumo tem saído desta carola! É do outono. Se eu fosse uma árvore caíam-me as folhas; se fosse um urso começava a hibernar. Como sou uma pessoa - e ainda por cima gaija! - ponho-me a pensar. Dá-me para isto!




E em que é que eu penso? Basicamente é sempre a mesma espiral de pensamentos: pois é, ando um bocado desmotivada, o meu trabalho cansa-me muito e paga-me pouco, devia descontrair e divertir-me mais, talvez andar de bicicleta, ah não, que está estragada e não há dinheiro para mandar arranjar, melhor ainda era fazer dança, mas para isso ainda há menos dinheiro, tenho de arranjar um part-time para ver se tenho dinheiro para fazer coisas interessantes e sair desta vidinha de rotina e trabalho...poisss...mas vou fazer o quê? e em qual "part do time"? em part-time já é a minha vida toda, a parte em que não estou a trabalhar para outros ou a dormir! pôrra pra isto! O meu emprego suga-me e ainda por cima não me deixa tempo para ganhar dinheiro noutro lado! nem tempo nem energia!............................Devia era levar uma vida mais saudável, isso sim, para ter mais energia...assim já aguentava mais umas horitas de trabalho, ao final do dia ou aos fins de semana para ganhar uns trocos...feliz de quem nasceu rico e tem tempo e dinheiro para fazer tudo o que quer! e o euromilhões, não me sai? ah, pois, não joguei, outra vez, sempre se pouparam dois euros............Por falar em euros... eu devia mesmo arranjar um part-time...ou andar de bicicleta...ou ir para a dança...ou sair mais vezes para descontrair a mona. POIS É! hoje é sexta à noite, podia ir sair e beber um copo, ah, pois, não há dinheiro para borgas... e estou afónica... pôrra pra isto outra vez! .............................................................. Isto de pensar cansa!

Há quem diga que as pessoas que pensam pouco são mais felizes. É capaz de ser verdade! Vejamos o meu caso: sou licenciada, tenho um emprego desgastante e mal pago, sinto-me cansada e irrealizada, tenho uma carrada de contas para pagar e não vejo como aumentar os meus rendimentos sem fazer nada de ilegal. O que é que está mal neste quadro? O facto de eu estar SEMPRE a pensar no assunto!




Vou mas é ser pobre e burra e enterrar-me no sofá a ver uma treta qualquer na televisão. Era melhor ir ao cinema...mas para isso...OH NÃO! lá vem a espiral de novo!!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Eis que VOLVO!

Para os que já estão a pensar que ganhei o euromilhões (chiça, que esqueci-me outra vez de jogar!) e que é por isso que já não ligo aos pobres, desenganem-se, porque o título do post é só uma espanholice minha para marcar o meu regresso à bologosfera!




Anyway, há tanto para dizer que nem sei por onde começar...deverei falar na máquina de café avariada?...ou na nova brincadeira da sapo.pt que me quer cobrar CENTO E SESSENTA EUROS pelos downloads ilimitados que eu supostamente faria por apenas mais 7,50?...ou talvez do regresso do Mourinho a Portugal e da brilhante interrupção à entrevista de Pedro Santana Lopes?...bem, sobre o caso Maddie nem vale a pena falar, por isso resta-me...o jantar de hoje que estava uma delííícia! E que infelizmente tive de comer sozinha!!


Isto porque hoje o artista cá de casa foi dar um espectáculo numa disconaite e eu, que estou desde ontem sem pio graças a uma sinusite, ou ritine ou outra "ite" qualquer tive de ficar em casa, 'sugadita e de bico calado!




Mas ainda bem, porque como não posso fazer o que mais gosto - tagarelar - acabei por vir explodir para aqui! Para gáudio dos adorado habitués desta modesta casita!


Quero aproveitar para agradecer de rajada e sem cerimónias os prémios com que entretanto me presentearam:


o BNC da Azul (não imaginas a "inguenurante" que me senti até ler os comments e perceber o que raio era aquilo!!)


e o Trevo de quatro folhas e o Blog Solidário que gentilmente fanei da estante do Livreiro (gostaram do trocadilho? fui eu que inventei!) e da Ninica.


(Como ainda continuo sem saber como se fazem hiperligações isto vai assim, mesmo, muito tosco!)

Pronto, para quem está afónica já dei bastante à língua, que é como quem diz, aos dedos, pelo que vou ali beber mais um chá de casca de cebola - e não façam essa cara porque NÃO sabe a cebola! - e emborcar mais umas colheradas de xarope de cenoura. A farmácia cá de casa resume-se ao básico!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Uma injecção de mim!


Ok, tenho andado um pouco sumida. Assumo que quando as aulas começaram eu, que tenho o privilégio de trabalhar nesse mundo tanquilo e relaxante que é uma escola de 2º e 3º ciclo, fiquei assim a modos que atordoada e sem muito tempo para ter uma vida própria... quanto mais uma segunda vida!

De forma que os postes e os comentários tiveram que ficar congelados na minha cabeça e nas minhas intenções.

Mas como até já parece mal e eu não quero criar má vizinhança, vou FINALMENTE e de uma assentada responder aos desafios que me foram lançados pelas queridas Azul e Maria do consultório.


Isto até já nem tem piada, mas já agora não quero que digam que eu não sou gaija com tomates para aceitar desafios...


Cá vai:


NÚMERO UM:

Sete brinquedos que nunca tive:


Eerrr...bom, como é que eu hei-de explicar isto...os meus pais...bem, eles tinham uma loja...DE BRINQUEDOS! Havia sempre um ou outro que vinha a mais na encomenda porque os senhores dos armazéns até sabiam que eles tinham filhos e tal...

Talvez a única coisa que nunca tive e que ainda hoje gostava de ter sejam uns patins em linha... mas nunca aprendi a andar e agora talvez seja um pouco tarde para andar a fazer figurinhas no meio dos putos!


Sete Lembranças Vergonhosas:

1º Fazer chichi pelas pernas abaixo em plena sala de aulas, porque a professora tinha acabado de dar um raspanete a um colega que não tinha aproveitado o intervalo grande para ir à casa de banho e que pediu para ir logo que chegou à sala. O mais estúpido foi o meu raciocínio: "tou de calças, isto escorre e ninguém vê..." Aprendi o que queria dizer a palavra "permeabilidade"...


2º Ter levado um estalo em frente às amigas por um motivo absolutamente injusto!


3º A falta de espírito festivo do meu pai nos aniversários. Arranjava sempre qualquer coisa com que embirrar: as velas que voltavam a acender e que enchiam tudo de fumo, a luz apagada que não dava jeito nenhum para filmar....enfim, numa casa cheia de crianças ele conseguia sempre ser o mais birrento...


4º Um dia que tinha um vestido um pouco largo e o rapaz dos meus sonhos fartou-se de rir quando eu me baixei e viu aquilo que ainda estavam para ser uns seios...morri de vergonha!


5º Ter sido apanhada em flagrante (literalmente, em vídeo) a cantar eufórica "Eu adoro viajar" dos Ministars, em pijama quando tinha - e esta é que é a parte vergonhosa - 14 anos! (maninho, nem te ponhas com ideias!!!)


6º Implorar à minha mãe todos os dias que me comprasse um vestido de noiva! Tinha 4 anos e estava com medo que esgotassem...


7º Um dia em que fui orgulhosamente ao banco fazer uns depósitos para o meu pai - uma tarefa de alta responsabilidade, pensava eu. Quando lá cheguei o senhor verificou que o impresso estava mal preenchido e o valor não correspondia. Cheguei ao pé dos meus pais a chorar baba e ranho e a dizer que NUNCA, mas nunca mais voltava a pôr os pés num banco! Ora aí está uma lição que devia ter aproveitado!


Sete Lembranças Dolorosas:

1º Ter perdido três avós em menos de um ano.


2º Os quatro cães que me morreram, só um de causas naturais.


3º Ter deixado fugir o canário, em cima do telhado do terraço, quando estava a examinar o comprimento das suas asas segurando-o pelas pontinhas. Foi uma fuga fácil para o bichinho, eu é que não me conformei e levei um enorme raspanete!


4º A rasteira pregada por um colega no momento em que estava a começar a ganhar balanço para o salto em altura...e a aterragem forçada que se seguiu....


5º Ter passado o resto da aula, depois do n.º 4, com o professor a dizer-me que era só um mau jeito e que podia fazer o resto da aula. O tanas! A mim é que doía! Parti o osso do cotovelo que parece que dá choque e que não me lembro do nome! Mas que me dói só de lembrar!!


6º Vir lançada a descer a ladeira da casa da minha avó de bicicleta...encontrar uma parte com areia solta e...travar...a fundo...com (OUCH!)... os travões da frente! E a bicicleta a aterrar "suavemente" em cima de mim!


7º A minha primeira ida ao dentista para arrancar um dente de leite. Não sei dizer o que me doeu mais: se a picada da anestesia, se o arrancar do dente (sim, que a anestesia foi bem dada, foi) ou a dignidade ferida pela estupidez do médico a fazer-me perguntas parvas e a querer que eu lhe respondesse com aquela tralha toda enfiada na boca, cheia de dores e a babar-me!



Pronto, este já está!

NEEEXT!


O dia mais triste da minha vida: infelizmente tive vários, mas os que me marcaram mais foram os da morte dos meus avós.

O dia mais feliz da minha vida: felizmente também já tive vários, mas lembro-me particularmente de um que não me apetece nada partilhar aqui e que começou na noite anterior e terminou depois de uma bela feijoada de marisco, no dia seguinte...

Manias: é melhor nem entrar por aí...mas as "piores" são a mania de guardar tudo e de reciclar tudo, desde os tarecos mais velhos do sótão às coisas que usamos todos os dias.

Filme preferido: esta é bastante difícil, mas não me canso de ver o Fabuloso Destino de Amélie, o Gato Preto Gato Branco, a Laranja Mecânica ou qualquer um dos Monty Python.

Poeta preferido: pela poesia das suas músicas, Sérgio Godinho e Jorge Palma.

Comida preferida: tudo o que leve feijão preto, ou queijo, ou natas!

Sou: feliz, a maior parte dos dias, insatisfeita noutros e preguiçosa nos intervalos.

Viagem de sonho: volta ao mundo em 80 meses!

Gosto de: trovoadas (como a de ontem...)



E já só falta um...ufaaa


Sete músicas que marcaram a minha vida:


Secret garden, Peter Murphy

Find the river, R.E.M.

Girls and Boys, Blur

A noite passada, Sérgio Godinho

My sister, Tindersticks


e, finalmente, recuando a looong time ago ao meu 1º namorado


November Rain, Guns n' Roses (hihihi)


Pronto, cá estão os meu podres todos bem expostos para vosso deleite...ou não!

Não vou passar nada a ninguém, porque os dois primeiros já têm bolor e o último não me apetece, pronto! Mas sei que vai pegar!


Agora com licença, tenho de ir tentar aproveitar o sol da minha vida que se chama FIM-DE-SEMANA! E desejo que o vosso seja óptimo!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Regresso às aulas!

E porque já começou mais um ano lectivo - não, não me vou envolver em temas polémicos sobre a colocação de professores - deixo aqui um texto que me foi enviado por e-mail e cuja leitura constitui o T.P.C. para amanhã! A autora não é revelada - por favor, se alguém a conhecer dê-lhe os meus parabéns porque este trabalho está simplesmente GE-NI-AL!!! - mas sei que foi uma
aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa:

A Gramática que a vida tem - Para amantes da língua portuguesa

"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no
elevador. Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.


De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro. Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento. Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética
clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo. Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.


Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu
ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros. Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa.


Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez
mais. Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do
objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular. Ela era um perfeito agente da passiva, ele todo proxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisto a porta abriu-se repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história.

Os dois olharam-se e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício. Que loucura, meu Deus. Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao
seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que, as condições eram estas. Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.


O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

(autor desconhecido)


"./." (¨_¨ ) ?..?


Tirar as teias de aranha!

Ora bem, como o meu cérebro resolveu tirar licença sem vencimento, tenho andado assim um bocado pró faz nenhum! E já foi uma negociação desgraçada escrever os últimos posts - à pala deles vou ter de ver um ou dois episódios de uma novela qualquer para repôr o descanso do meu prezado par de neurónios. Ainda assim, hoje à socapa vim aqui para cumprir com alguns deveres morais e de elevada importância.

Em primeiro lugar agradecer os óscares. Agradeço ao meus produtores e ao nosso governo em geral por me dar tantas felicidades que fazem de mim uma pessoa absolutamente preenchida - de modo que só tenho um blog porque é moda e não porque precise de uma second life para me esquecer um bocadinho da outra. Eu até podia andar por aí a viajar pelo mundo, mas isto é muito mais giro!

Anyway, devaneios à parte, quero mesmo é agradecer os prémios dos amigos.
Ao Eskisito e à Azul por me incluírem nos seus links e consequentemente me terem atribuído este certificado:

(imagino a cara deles quando se aperceberam do que tinham feito, hihihi!)
E a Azul, pelos vistos, não satisfeita, foi mais longe e ainda me "shmoozou" com um prémio que eu não consigo mostrar aqui porque sou muito naba e não me apetece adiar este post mais uma vez... para terem uma ideia, o fundo é azul e tem um braço cheio de músculo que se parece muito com os meus... e basicamente quer dizer que aqui a "casota" incentiva a amizade entre bloggers.
Muito obrigada meus lindos. Pra vocês também e para todos os que param por aqui e que por algum motivo conseguem publicar as imagens dos prémios que recebem (desculpem lá a minha falta de jeito...)

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Momento Batista-Bastos

Aclaro a voz, aperto as cordas vocais e faço a minha melhor imitação de Cocas, o Sapo, para perguntar "Ó Ariba, e onde é que tu estavas no 11 de Setembro?"


Bom, ó Batista-cocas, posso dizer-te que as primeiras notícias me passaram totalmente ao lado! Tinha passado o verão a espremer os neurónios para fazer o meu trabalho final de curso. Tive de tirar férias à força - a minha mãe e o meu namorado "obrigaram-me" a ir de férias sem terminar "aquele" capítulo, porque perceberam que eu desatar a chorar baba e ranho assim que ligava o pc não era lá muito bom sinal...


De mod's que... no dia 11 tinha eu marcada a reunião com o orientador de projecto para lhe mostrar o que tinha feito nos últimos meses - incluindo os estragos permanentes aos meus neurónios e à minha sanidade mental.


Lembro-me de andar numa correria pela casa, a imprimir documentos, à procura das notas da última reunião, da pasta, dos livros, do cérebro, quando o meu namorado me chamou " Hiiii, anda cá ver esta cena nas notícias!" e eu fui e fiquei cerca de ... 15 segundos a olhar para a primeira torre em chamas. "Tchiii, é por estas e por outras que eu tenho medo de andar de avião! Já viste, caem em cada sítio..." e depois fiquei verdadeiramente chocada...porque estava quase na hora da minha reunião e eu ainda nem tinha tomado banho!!!



Lá fui então com a tralha toda e o banho tomado ter com o orientador. Esperei cerca de 45 minutos "Que raio, se calhar esqueceu-se!" quando ele finalmente aparece a pedir desculpa. É que tinha ficado preso ao écran a ver os desenvolvimentos da cena do WTC. "Ah, pois, o acidente de avião... eu também vi qualquer coisa..."


"Acidente?! Ó rapariga, caíram mais dois aviões, um na outra torre e outro no Pentágono... aquilo não foi nenhum acidente!"

"Aaaahhh...pois não. Olhe e em relação ao meu projecto, o que acha deste capítulo que eu alterei assim e..."



Conclusão. Naquele dia, à hora dos acontecimentos, eu estava loooonge de imaginar a dimensão do sucedido. Para mim, um atentado era eu ter de ficar mais um ano a pagar propinas só para entregar a porra do trabalho. Só quando cheguei a casa uma hora mais tarde é que veio o assombro Again, and again, and again...

Ainda hoje me choca a dimensão da coisa, o pânico, o ver as torres assim, a desaparecer terra adentro...


Mas naquela altura eu estava noutra. Era caso para dizer...nem que o mundo acabasse, eu TINHA que entregar o trabalho!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Um dia, uma gota faz transbordar o copo

Tenho tentado abster-me de comentários ao caso mais mediático do momento. Mas neste momento, os meus pensamentos começam a desencadear-me sentimentos demasiado confusos para que consiga conter-me!!

A confirmar-se o pior cenário, os pais da menina que todos procuram por todo o mundo há quatro meses são pessoas horríveis, para as quais mais importante do que terem perdido uma filha que diziam amar, é manter uma "boa imagem" - se é que isso ainda é possível - e um bom nível de vida!
E fazem-no à custa da solidariedade que conseguiram despertar por todo o mundo.

Se esta for a verdade, estas pessoas têm andado a brincar com TODA a gente - com a imprensa, com a polícia, com a opinião pública e até com o Papa! Pior, eles terão usado toda esta gente como instrumentos para conseguirem atingir um qualquer objectivo misterioso, numa história inacreditavelmente macabra!

Se se apurar que, de facto, estes pais estão envolvidos no desaparecimento da filha, apesar de todo o teatro e manipulação que têm levado a cabo, então merecem que a justiça lhes seja pesada. Mas é aqui que tenho as minhas dúvidas e temo que este seja mais um daqueles casos revoltantes em que vemos os culpados a escapar impunes pelos seus actos.

Continuo a dizer "se se confirmar..." porque me custa demasiado acreditar nessa hipótese.


Ponto positivo de toda esta história: a atenção que tem chamado para outros casos de crianças desaparecidas há anos e que nunca tiveram este tipo de mobilização. À custa disto foi hoje criada a Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas que irá disponibilizar apoio jurídico e psicológico aos familiares desesperados. Força para todos eles que buscam apenas os filhos e sabem que a sua vida tem um valor incalculável, superior à fama, à mediatização, à mobilização de fundos de particulares bem-intencionados e comovidos para causas duvidosas...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Quando for grande quero ser...criança!

Enquanto crianças, muitas vezes não sabemos dar valor a algumas coisas que depois, na vida adulta gostríamos de ter e já não podemos. Por exemplo, em crianças tínhamos dois ou três meses de férias e quando iam a meio já suspirávamos pelo regresso da correria das aulas.
Em crianças dizíam-nos, "não mexas no fogão, que é perigoso!"...eu continuo à espera que alguém me diga isso hoje! É que deixava-me logo disso, que eu sou muito obediente! Também nos obrigavam a dormir a sesta. OBRIGAVAM! E, pior, nós NÃO QUERÍAMOS mesmo!! Não era fita, simplesmente não tínhamos sono, imagine-se, depois do almoço!
Quando, mas quando me vão obrigar a dormir a sesta no trabalho, para ver se me passa a birra?
Como hoje por exemplo, que estou com uma telha que não há quem me ature! Daquelas que para onde quer que eu olhe só encontro qualquer coisa que me faz resmungar e refilar e morder as palavras e às vezes a língua. Aposto que se me tivessem mandado dormir à tarde, teria chegado muito mais serena a casa e sem este mau-humor que nem eu mesma aguento! E depois ponho-me a dizer asneiras e a bater com as coisas e a falar sozinha coisas muito pouco agradáveis, tentando, em vão, que isto não vá tudo caír em cima de quem está mais perto.
Ou seja, estou com uma birra das feias, malcriada, rezingona e preguiçosa!
E, lá está, se fosse criança era limpinho que já estava a levar com o velho "vai já para o teu quarto, directamente para a cama e não saias de lá até ser de manhã!"
Mas não, eu sou uma pessoa adulta!! Por isso, o que é que eu ouço? Grilos...vento...a voz da minha própria resmunguisse. Ninguém a mandar-me para o quarto!
Agora, com licença. Vou só ali levar um pé de cabra ao pára-bris...err... ao carro e de caminho arranco o fio do telefone e ponho-o a arder em cima do bico do fogão. E, não, nem pensem que me mandam dormir a sesta! Pode ser que assim fique de castigo...uma semana, ou assim!

domingo, 2 de setembro de 2007

Ready! Set! GO!


E pronto. Precisamente um mês depois cá estou eu de novo, sentada em frente ao pc para falar novamente de... férias!

Das que foram, das que já passaram, das que só voltam daqui a mais onze meses de esforço, trabalho, sacrifício e, às vezes, algum desespero provocado pelo desgaste intenso!


Balanço: entre limpezas e arrumações, planos que não se chegaram a concretizar, uma avaria grave no carro que obrigou a uma radical alteração do programa das férias, a tuguisse aguda que espreitava em todos os recantos, tudo bem espremido, ainda deu para passar uns dias agradáveis com a família, outros tantos com o meu amor, deu para ter uns quantos e proveitosos ataques de riso, deu para visitar alguns dos locais mais bonitos do nosso interior português e ficar sem palavras diante de paisagens esmagadoras ("se isto é assim em Portugal, imagina quando formos fazer férias ao estrangeiro..."). Houve tempo para me vingar do calor com umas banhocas maravilhosas e para me vingar da almofada que andou todo o ano a fugir debaixo da minha cabeça cansada.

Houve tempo para ficar com uma corzinha saudável de verão, pelo sol, pelas sardinhas, pelas cervejas geladinhas, mas sobretudo, pelo descanso, pela ausência de pressões e de horários, pelo relaxamento.


Agora que faltam menos de 24 horas para voltar ao trabalho (o que é isso?!) é tempo de voltar ao mundo real e despertar do torpor das férias. Levo comigo amanhã a corzinha e o sorriso e provavelmente uns resquícios de preguiça. As baterias estão carregadas, só não sei se vão durar o tempo necessário, até às próximas férias.


Provavelmente não.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Finalmente!

Chegou, finalmente, aquele dia com o qual tenho sonhado metade dos meses, desde Setembro do ano passado: "o mês de férias", "as férias". Aquele período de tempo tão especial para se fazer tanta coisa extraordinária! E o que há de tão extraordinário, neste dia? Bom, para começar, o despertador não tocou`as 6:45! E, mais extraordinário ainda, eu NÃO fiquei minimamente preocupada com isso!!

São FÉRIAS! Significa que posso dormir descansada até ao meio-dia, se me apetecer - e, acreditem, hoje apeteceu-me mesmo.

É a sensção de transgressão por estar em casa, de pijama em pleno dia, a beber um café na varanda, enquanto aprecio o movimento "Agostino" da cidade, ou ir beber um fino às quatro da tarde, no café da esquina. É não fazer nada de especial, embora tenha a noção de que posso fazer algo diferente, se quiser. Nada me obriga; nada me prende: estou de férias!
Este é o tempo que me é concedido uma vez por ano, quase como um prémio, para eu ser minuciosamente, aplicadamente, simplesmente EU. E, para isso, não é preciso fazer nada de ...extraordinário!

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Hiper-ligação


Às vezes acontece o universo conspirar para fazer com que as pessoas certas se encontrem no momento certo, na situação exacta. E por vezes, essas pessoas dão-nos um abanão tão grande que a relação que estebelecemos com elas ultrapassa largamente todos as previsões.



Foi o que aconteceu comigo, a X., a A., o P. e a G. De colegas de trabalho passámos a amigos verdadeiros, dadas as experiências intensas que partilhámos. E é uma alegria de cada vez que nos juntamos, como ontem!


No dia em que deixámos de trabalhar juntos no projecto que nos uniu durante três anos, juntámo-nos numa jantarada, não de despedida mas de partilha - do passado, do presente e das expectativas e medos em relação ao futuro.


Nessa noite escrevi este texto, que agora publico aqui e dedico às mesmas pessoas, com o mesmo carinho!


E é assim que, chegada a este momento, me dá ganas de dizer algo sobre o que foram para mim os últimos três anos. Pois, e é precisamente aqui que a porca torce o rabo! É que uma página em branco lança realmente um dilema: há tanta coisa que quero dizer que nenhuma opção me parece suficientemente boa ou a correcta.
Correndo o risco de parecer demasiado óbvia, demasiado simplista ou até redundante, confesso que só me ocorre a palavra “híper” – que, na verdade, não é uma palavra mas sim, segundo a 8ª edição, revista e actualizada, do Dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora, um “elemento de formação de palavras que exprime a ideia de além de, muito, exagerado, excessivo (...)”.
Sugestivo, não?
Mas ainda assim, parece-me pouco. É que híper é apenas o prefixo da essência do que quero dizer. Assim sendo e dada a minha dificuldade de expressão, o melhor é fazer uma breve retrospectiva.
Cheguei ao projecto híper-entusiasmada mas logo fiquei híper-aflita quando percebi que tinha de me híper-actualizar para conseguir fazer um híper-trabalho, num contexto híper-exigente, híper-stressante onde, felizmente, encontrei uma híper- equipa, híper-motivada e híper-sólida. Ultrapassada a fase inicial de “híper-tensão” entrei numa espécie de euforia, perdão,... creio que no meu caso se diz hiperactividade. E daqui... já não tive melhoras...!
Cada ideia nova me deixava mais histéric... perdão, entusiasmada, com uma enorme vontade de dar e aprender mais a cada dia, com uma renovada força para troçar das adversidades e fazer-lhes frente. Uma enorme energia que me inundou e me fez mexer, crescer com cada gesto, cada expressão, cada sorriso cúmplice, cada crítica, com cada pequena vitória alcançada e cada frustração partilhada.

Três anos! Passaram num piscar de olhos, entre sonhos e desilusões, argumentos e emoções, com receios e certezas, com lágrimas de alegria e de tristeza, sob o calor reconfortante da extraordinária força que nos uniu e nos moveu para dar todos os nossos litros (e mais uns emprestados...).
Fins-de-semana, feriados... olhos cansados, cérebros esmifrados e, quando exaustos começávamos a cair – PIMBA! – alguém tinha sempre a iniciativa de pôr os outros a rir!
E é assim que, chegados a este momento, um novo começo se aproxima, uma nova página em branco aparece à nossa frente, trazendo de novo o dilema - “mas o que é que eu hei-de escrever?!”

Bom, isso eu não sei – é um verdadeiro dilema em que nenhuma opção parece ser a mais correcta.
Mas uma coisa eu sei, com toda a certeza: às pessoas extraordinariamente HÍPER que me acompanharam nesta viagem, devo dizer um híper obrigado! Por todas as figuras de estilo, adjectivos, advérbios e vocábulos com que enriqueceram para sempre a narrativa da minha vida!
Um muito, excessivo, exagerado OBRIGADA A TODOS!!


"Aqueles que passam por nós não vão sós; deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."

A. Saint-Exupèry

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Afinal, há pior!


Recebi isto por e-mail. Eu, devagarinho e com muita concentração, consegui!! Tentem lá vocês, sem se engasgarem!


(ler em voz alta) (read it loud)


Três bruxas olham para três relógios Swatch. Qual bruxa olha para
qual relógio Swatch?

Agora em inglês / Now in English:

Three witches watch three Swatch watches. Which witch watch which Swatch watch?


Foi fácil?... Então agora para os especialistas.
Easy?... Then now only for experts.

Três bruxas suecas e transexuais olham para os botões de três
relógios Swatch suíços. Qual bruxa sueca transexual olha para qual botão de qual relógio Swatch suíço?


Agora em inglês / Now in English:


Three Swedish switched witches watch three Swiss Swatch watch
switches. Which Swedish switched witch watch which Swiss Swatch watch witch?

Afinal... o português não é assim tão difícil...

segunda-feira, 23 de julho de 2007

E pensar que em Setembro recomeça tudo outra vez...

Até que enfim que o ano de trabalho está a chegar ao fim!
Este é o meu retrato típico no final de um dia de trabalho!
É uma imagem (de) animadora, não?...

domingo, 22 de julho de 2007

Beleza Humana...

Esta noite acho que tive uma daquelas visões que nos acompanham toda a vida! Não foi nada de especial e, ao mesmo tempo, teve tudo de único. Foi apenas um serão tardio passado com o meu "caramelo", hoje mais derretido do que nunca. Foi apenas um dia normal, sentido com uma sensibilidade extremamente apurada! Foi apenas um momento, em que vi o quanto somos especiais, pelo simples facto de estarmos vivos... e juntos.
"Sometimes there's just so much...beauty in the world...I don't think that I can take it..."
Foi assim, assistindo a um dos meus filmes de culto (American Beauty) que me apercebi que mais do que as dívidas, mais que o cansaço, mais que as férias que tardam em chegar e todo o raio de problemas que me possam bater à porta...há que saber parar e ... "smell the roses"!

Por mais infelizes que julguemos ser, haverá sempre bons e teimosos motivos para sorrir e sentirmos que somos as pessoas mais felizes e afortunadas à face da terra.
E, meus amigos, é bom que gozem bem estes momentos de profunda lucidez: são raros e nunca sabemos quando poderá ser o último!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Presos por ter cão...

Quem leu o post anterior já percebeu que eu gosto de levar a minha cadela para onde eu vou, sempre que isso é possível. Quer isto dizer que eu procuro e frequento sempre praias não concessionadas porque nestas é permitido ter animais.

E o incómodo que é levar a minha cadela para a praia! Vejam:

1º - antes de sair de casa tenho de garantir que levo um recipiente para lhe pôr sempre água fresca (para mim não é necessário, só para ela). Tenho de me lembrar também sempre de levar alguns sacos de plástico, não vá o animal sujar a praia com o plástico da sande de coirato! Aliás, se não fosse por causa dela, nem precisava de sacos para o lixo... que trabalheira arranjar estas coisas todas!

2º - antes de ir para a praia tenho de garantir que ela já fez todas as necessidades em local apropriado. Sim, porque com os cães não é como com as criancinhas, que se estiverem muito aflitas é ver as mães a dizerem: ó filho, vai ali atrás que ninguém vê! Toma lá papel. Alguém repreende a mãe ou a criança por não ter ido à casa de banho antes de vir para a praia?

3º - assim que chegamos à praia tenho de abrir logo o chapéu para fazer sombra - não por causa da comida, não por causa da água. Apenas e só para a minha madame poder bezerrar à sombra à vontade! E ali fica o dia todo se for preciso! Até irrita, alguém conseguir relaxar assim tanto na praia! Nem vai travar conhecimento com outras pessoas, nem nada. Que anti-social!

4º - a ida ao banho é a parte pior - é preciso cercá-la, enganá-la e apanhá-la distraída para a levar sequer perto da água. Acho que se sente incomodada por tomar banho numa água onde estão -blharg! - tantas pessoas...

Apesar de todos estes "incómodos" a bicha ADORA ir para a praia. Mesmo apesar de haver pessoas que falam alto ou que se sentam demasiado perto de nós quando a praia está quase vazia. Mesmo quando há crianças cansadas e a precisar de dormir a sesta que passam mais tempo com birras do que a curtir a praia. Mesmo quando há pessoas que "se esqueceram de ir antes..." e que se aliviam no mar ou nas rochas ou nas dunas (e nem apanham com o saco - blharg!!). Mesmo quando encontramos a praia suja e a deixamos limpa.

Mas pronto. Eu sou uma "daquelas" pessoas que não respeitam os outros porque levo um cão para a praia.
Devia era estar calada.


Presos por não ter cão...

Desde sempre que me lembro de contactar e gostar dos animais e principalmente de gostar de os ver bem, em liberdade e felizes. Lembro-me de durante muitos anos ter tido periquitos, gerações e gerações de periquitos. E lembro-me de não gostar de os ver na gaiola e vá de soltar a passarada toda em casa, para desespero da minha mãe! Ok, isto nem sempre era o melhor que podia fazer por eles mas enquanto criança quem é que me fazia entender que era melhor para os bichos manterem-se na segurança da gaiola? Quando percebi isso, deixei de ter aves, pelo menos não tinha de vê-las presas. É que para mim, um animal de estimação tem de fazer parte da família e se mais ninguém estava atrás de grades...achei que não era justo.

Hoje tenho cães - cinco em casa dos meus pais e uma que vive comigo (um dia falarei dela). A decisão de levar uma bolinha de pêlo para casa foi, necessariamente reflectida - sabia das implicações que isso ia trazer à minha vida e aceitei-as todas. Ela adaptou-se perfeitamente à vida de casa (leia-se de madame) e aos horários e rotinas dos donos (é impressionante, parece um relógio). Como elemento integrante da família tentamos que nos acompanhe para todo o lado. Mas isto exige um certo planeamento das nossas vidas, não podemos ir assim para qualquer lado se sabemos à partida que ela vai ter de ficar no carro!

E porquê esta conversa toda? Porque estamos no verão. Porque estamos em época de férias. Porque infelizmente nem toda a gente pensa neste tipo de implicações quando decide ter um cão. E porque esta é a "época dos abandonos".
Das duas uma, ou as pessoas revêem os planos de férias de modo a poderem levar os seus amigos de quatro patas, ou então arranjam soluções para os poderem deixar nesse período - familiares, amigos, hotéis para animais. Ou então, não arranjem cães! Agora não entendo como é que alguém pode simplesmente largar uma parte da "carga"a meio do caminho! Será que também faziam o mesmo aos filhos, se ele não "coubessem" nos planos de férias?

Marido: Querida! Já sei, este ano vamos fazer um safari! Contacto directo com feras e outros animais selvagens!
Mulher: Que máximo, querido! Mas... se calhar não podemos levar os pequenos, não?
Marido: Hum...pois...talvez não. Mas levamos na mesma e depois logo se vê!

(já no safari, dentro do jipe)

Marido: Então, conseguiste despistá-los?
Mulher: Ah, foi fácil! Atirei os bollycaos lá para longe e pirei-me a correr! Nem deram conta! Oooolha um elefantinho! Que queridooo!

Não parece lá muito bem pois não?

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Até me dá arrepios!...

Dizem que a língua portuguesa é uma das mais difíceis de aprender - eu cá não sei, com 1 ano já me desenrascava bastante bem ; )
Claro, para os estrangeiros entendo que seja um pouco difícil, afinal é uma língua cheia de particularidades e com uma fonética extremamente rica.
Aceito que haja atropelos ocasionais por causa de regionalismos, distracções ou por iliteracia.

Agora o que me dá a volta aos nervos é ouvir na nossa televisão nacional supostos profissionais a darem calinadas graves e ainda por cima todos convencidos de que são os maiores!

Existem vários, mas estes dois exemplos são para mim como facadas, sobretudo pela sua frequência:


"vai de encontro a..." - uuuui! Lá estão os pelinhos em pé! Vai ao encontro de tudo o que eu disse, não vai?

"Estive a desfolhar este livro..." - ai sim? E tinha maçaroca? Não?! Então experimente folhear, que desfolhar será algo como arrancar as páginas ao livro e nós não queremos isso, pois não?


...pronto(s), - mais um - já recuperei o ritmo normal da respiração e os batimentos cardíacos já desceram até aos 130/min. Quase normal. Por motivos de saúde, não posso continuar a falar sobre este tema. Mas gostaria muito de saber quais os erros mais frequentes, que mais vos irritam!

Ah, e sempre que possível corrijam. Não para se armarem em espertos mas para ajudar a que a nossa língua seja usada como deve (de) ser... oops... olha outro!

...130...135...149...163... aaai! Lá vem a taquicardia!

terça-feira, 17 de julho de 2007

As férias, o trabalho e as contas para pagar

Talvez não seja o melhor "caixote" para abrir, logo no início de vida deste espaço, mas é que há coisas que não me saem da cabeça, por mais que tente pensar positivo e encher-me de boas vibrações! Estou a três semanas de ir de férias - as únicas férias que tenho ao fim de ONZE meses ininterruptos de trabalho - e a única coisa em que consigo pensar é em trabalho! Não, não sou workaholic (nem sei se é assim que se escreve...), não senhor. Sou uma trabalhadora perfeitamente normal e saudável que cumpre as suas obrigações e às vezes ainda se estica um pouco no conceito de obrigação - horas extra não cobradas, levar trabalho para casa, etc. O que me leva então a gastar 80% do meu tempo a pensar em trabalho? Simples: contas para pagar! Preciso urgentemente de uma 2ª (talvez até de uma 3ª) fonte de rendimentos! De tal forma que já nem vejo as férias como forma de descanso mas como tempo livre do emprego que poderei usar a trabalhar para poder pagar as minhas contas!

Uma pessoa bem tenta imaginar-se esparramada ao sol, a curtir o ócio puro e simples, mas fico tensa só de pensar no raio das contas que todos os dias me aparecem da caixa de correio para pagar! Esta deve ser a versão pobre da fama! É que estes meus "fãs" - da EDP, dos bancos, da PT e até da administradora do condomínio - são extremamente dedicados e nunca se esquecem de mim quer eu esteja em alta (?) ou não.
Dá vontade de fazer como as estrelas de verdade e responder a todos com uma simpática cartinha:

Meus caros, agradeço imenso todas as cartas que me enviaram. São bem demonstrativas do valor que tenho para vós. Posso garantir-vos que todas merecem a minha atenção e são lidas cuidadosamente. Infelizmente, compreenderão que não tenho disponibilidade para responder a todas, tal é a frequência com que enchem a minha caixa de correio. Até sempre!

Será que resulta e eles se esquecem de mim de vez?

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Casa nova

Pronto! Acabei de chegar. O essencial já cá está mas ainda me falta desempacotar muita coisa. As mudanças são engraçadas e normalmente são uma boa altura quer para deitar fora coisas das quais já não precisamos quer para encontrar outras que já não víamos há muito tempo. E também para adquirir muitas coisas novas para juntar ao nosso pequeno património. Esta nova casa servirá para isso mesmo.
Agora tenho de ir andando que os caixotes amontoam-se e há muito trabalho para fazer...
Em breve abrirei aqui um deles. Depois conto o que encontrei.