sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Uma injecção de mim!


Ok, tenho andado um pouco sumida. Assumo que quando as aulas começaram eu, que tenho o privilégio de trabalhar nesse mundo tanquilo e relaxante que é uma escola de 2º e 3º ciclo, fiquei assim a modos que atordoada e sem muito tempo para ter uma vida própria... quanto mais uma segunda vida!

De forma que os postes e os comentários tiveram que ficar congelados na minha cabeça e nas minhas intenções.

Mas como até já parece mal e eu não quero criar má vizinhança, vou FINALMENTE e de uma assentada responder aos desafios que me foram lançados pelas queridas Azul e Maria do consultório.


Isto até já nem tem piada, mas já agora não quero que digam que eu não sou gaija com tomates para aceitar desafios...


Cá vai:


NÚMERO UM:

Sete brinquedos que nunca tive:


Eerrr...bom, como é que eu hei-de explicar isto...os meus pais...bem, eles tinham uma loja...DE BRINQUEDOS! Havia sempre um ou outro que vinha a mais na encomenda porque os senhores dos armazéns até sabiam que eles tinham filhos e tal...

Talvez a única coisa que nunca tive e que ainda hoje gostava de ter sejam uns patins em linha... mas nunca aprendi a andar e agora talvez seja um pouco tarde para andar a fazer figurinhas no meio dos putos!


Sete Lembranças Vergonhosas:

1º Fazer chichi pelas pernas abaixo em plena sala de aulas, porque a professora tinha acabado de dar um raspanete a um colega que não tinha aproveitado o intervalo grande para ir à casa de banho e que pediu para ir logo que chegou à sala. O mais estúpido foi o meu raciocínio: "tou de calças, isto escorre e ninguém vê..." Aprendi o que queria dizer a palavra "permeabilidade"...


2º Ter levado um estalo em frente às amigas por um motivo absolutamente injusto!


3º A falta de espírito festivo do meu pai nos aniversários. Arranjava sempre qualquer coisa com que embirrar: as velas que voltavam a acender e que enchiam tudo de fumo, a luz apagada que não dava jeito nenhum para filmar....enfim, numa casa cheia de crianças ele conseguia sempre ser o mais birrento...


4º Um dia que tinha um vestido um pouco largo e o rapaz dos meus sonhos fartou-se de rir quando eu me baixei e viu aquilo que ainda estavam para ser uns seios...morri de vergonha!


5º Ter sido apanhada em flagrante (literalmente, em vídeo) a cantar eufórica "Eu adoro viajar" dos Ministars, em pijama quando tinha - e esta é que é a parte vergonhosa - 14 anos! (maninho, nem te ponhas com ideias!!!)


6º Implorar à minha mãe todos os dias que me comprasse um vestido de noiva! Tinha 4 anos e estava com medo que esgotassem...


7º Um dia em que fui orgulhosamente ao banco fazer uns depósitos para o meu pai - uma tarefa de alta responsabilidade, pensava eu. Quando lá cheguei o senhor verificou que o impresso estava mal preenchido e o valor não correspondia. Cheguei ao pé dos meus pais a chorar baba e ranho e a dizer que NUNCA, mas nunca mais voltava a pôr os pés num banco! Ora aí está uma lição que devia ter aproveitado!


Sete Lembranças Dolorosas:

1º Ter perdido três avós em menos de um ano.


2º Os quatro cães que me morreram, só um de causas naturais.


3º Ter deixado fugir o canário, em cima do telhado do terraço, quando estava a examinar o comprimento das suas asas segurando-o pelas pontinhas. Foi uma fuga fácil para o bichinho, eu é que não me conformei e levei um enorme raspanete!


4º A rasteira pregada por um colega no momento em que estava a começar a ganhar balanço para o salto em altura...e a aterragem forçada que se seguiu....


5º Ter passado o resto da aula, depois do n.º 4, com o professor a dizer-me que era só um mau jeito e que podia fazer o resto da aula. O tanas! A mim é que doía! Parti o osso do cotovelo que parece que dá choque e que não me lembro do nome! Mas que me dói só de lembrar!!


6º Vir lançada a descer a ladeira da casa da minha avó de bicicleta...encontrar uma parte com areia solta e...travar...a fundo...com (OUCH!)... os travões da frente! E a bicicleta a aterrar "suavemente" em cima de mim!


7º A minha primeira ida ao dentista para arrancar um dente de leite. Não sei dizer o que me doeu mais: se a picada da anestesia, se o arrancar do dente (sim, que a anestesia foi bem dada, foi) ou a dignidade ferida pela estupidez do médico a fazer-me perguntas parvas e a querer que eu lhe respondesse com aquela tralha toda enfiada na boca, cheia de dores e a babar-me!



Pronto, este já está!

NEEEXT!


O dia mais triste da minha vida: infelizmente tive vários, mas os que me marcaram mais foram os da morte dos meus avós.

O dia mais feliz da minha vida: felizmente também já tive vários, mas lembro-me particularmente de um que não me apetece nada partilhar aqui e que começou na noite anterior e terminou depois de uma bela feijoada de marisco, no dia seguinte...

Manias: é melhor nem entrar por aí...mas as "piores" são a mania de guardar tudo e de reciclar tudo, desde os tarecos mais velhos do sótão às coisas que usamos todos os dias.

Filme preferido: esta é bastante difícil, mas não me canso de ver o Fabuloso Destino de Amélie, o Gato Preto Gato Branco, a Laranja Mecânica ou qualquer um dos Monty Python.

Poeta preferido: pela poesia das suas músicas, Sérgio Godinho e Jorge Palma.

Comida preferida: tudo o que leve feijão preto, ou queijo, ou natas!

Sou: feliz, a maior parte dos dias, insatisfeita noutros e preguiçosa nos intervalos.

Viagem de sonho: volta ao mundo em 80 meses!

Gosto de: trovoadas (como a de ontem...)



E já só falta um...ufaaa


Sete músicas que marcaram a minha vida:


Secret garden, Peter Murphy

Find the river, R.E.M.

Girls and Boys, Blur

A noite passada, Sérgio Godinho

My sister, Tindersticks


e, finalmente, recuando a looong time ago ao meu 1º namorado


November Rain, Guns n' Roses (hihihi)


Pronto, cá estão os meu podres todos bem expostos para vosso deleite...ou não!

Não vou passar nada a ninguém, porque os dois primeiros já têm bolor e o último não me apetece, pronto! Mas sei que vai pegar!


Agora com licença, tenho de ir tentar aproveitar o sol da minha vida que se chama FIM-DE-SEMANA! E desejo que o vosso seja óptimo!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Regresso às aulas!

E porque já começou mais um ano lectivo - não, não me vou envolver em temas polémicos sobre a colocação de professores - deixo aqui um texto que me foi enviado por e-mail e cuja leitura constitui o T.P.C. para amanhã! A autora não é revelada - por favor, se alguém a conhecer dê-lhe os meus parabéns porque este trabalho está simplesmente GE-NI-AL!!! - mas sei que foi uma
aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa:

A Gramática que a vida tem - Para amantes da língua portuguesa

"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no
elevador. Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.


De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro. Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento. Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética
clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo. Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.


Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu
ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros. Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa.


Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez
mais. Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do
objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular. Ela era um perfeito agente da passiva, ele todo proxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisto a porta abriu-se repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história.

Os dois olharam-se e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício. Que loucura, meu Deus. Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao
seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que, as condições eram estas. Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.


O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."

(autor desconhecido)


"./." (¨_¨ ) ?..?


Tirar as teias de aranha!

Ora bem, como o meu cérebro resolveu tirar licença sem vencimento, tenho andado assim um bocado pró faz nenhum! E já foi uma negociação desgraçada escrever os últimos posts - à pala deles vou ter de ver um ou dois episódios de uma novela qualquer para repôr o descanso do meu prezado par de neurónios. Ainda assim, hoje à socapa vim aqui para cumprir com alguns deveres morais e de elevada importância.

Em primeiro lugar agradecer os óscares. Agradeço ao meus produtores e ao nosso governo em geral por me dar tantas felicidades que fazem de mim uma pessoa absolutamente preenchida - de modo que só tenho um blog porque é moda e não porque precise de uma second life para me esquecer um bocadinho da outra. Eu até podia andar por aí a viajar pelo mundo, mas isto é muito mais giro!

Anyway, devaneios à parte, quero mesmo é agradecer os prémios dos amigos.
Ao Eskisito e à Azul por me incluírem nos seus links e consequentemente me terem atribuído este certificado:

(imagino a cara deles quando se aperceberam do que tinham feito, hihihi!)
E a Azul, pelos vistos, não satisfeita, foi mais longe e ainda me "shmoozou" com um prémio que eu não consigo mostrar aqui porque sou muito naba e não me apetece adiar este post mais uma vez... para terem uma ideia, o fundo é azul e tem um braço cheio de músculo que se parece muito com os meus... e basicamente quer dizer que aqui a "casota" incentiva a amizade entre bloggers.
Muito obrigada meus lindos. Pra vocês também e para todos os que param por aqui e que por algum motivo conseguem publicar as imagens dos prémios que recebem (desculpem lá a minha falta de jeito...)

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Momento Batista-Bastos

Aclaro a voz, aperto as cordas vocais e faço a minha melhor imitação de Cocas, o Sapo, para perguntar "Ó Ariba, e onde é que tu estavas no 11 de Setembro?"


Bom, ó Batista-cocas, posso dizer-te que as primeiras notícias me passaram totalmente ao lado! Tinha passado o verão a espremer os neurónios para fazer o meu trabalho final de curso. Tive de tirar férias à força - a minha mãe e o meu namorado "obrigaram-me" a ir de férias sem terminar "aquele" capítulo, porque perceberam que eu desatar a chorar baba e ranho assim que ligava o pc não era lá muito bom sinal...


De mod's que... no dia 11 tinha eu marcada a reunião com o orientador de projecto para lhe mostrar o que tinha feito nos últimos meses - incluindo os estragos permanentes aos meus neurónios e à minha sanidade mental.


Lembro-me de andar numa correria pela casa, a imprimir documentos, à procura das notas da última reunião, da pasta, dos livros, do cérebro, quando o meu namorado me chamou " Hiiii, anda cá ver esta cena nas notícias!" e eu fui e fiquei cerca de ... 15 segundos a olhar para a primeira torre em chamas. "Tchiii, é por estas e por outras que eu tenho medo de andar de avião! Já viste, caem em cada sítio..." e depois fiquei verdadeiramente chocada...porque estava quase na hora da minha reunião e eu ainda nem tinha tomado banho!!!



Lá fui então com a tralha toda e o banho tomado ter com o orientador. Esperei cerca de 45 minutos "Que raio, se calhar esqueceu-se!" quando ele finalmente aparece a pedir desculpa. É que tinha ficado preso ao écran a ver os desenvolvimentos da cena do WTC. "Ah, pois, o acidente de avião... eu também vi qualquer coisa..."


"Acidente?! Ó rapariga, caíram mais dois aviões, um na outra torre e outro no Pentágono... aquilo não foi nenhum acidente!"

"Aaaahhh...pois não. Olhe e em relação ao meu projecto, o que acha deste capítulo que eu alterei assim e..."



Conclusão. Naquele dia, à hora dos acontecimentos, eu estava loooonge de imaginar a dimensão do sucedido. Para mim, um atentado era eu ter de ficar mais um ano a pagar propinas só para entregar a porra do trabalho. Só quando cheguei a casa uma hora mais tarde é que veio o assombro Again, and again, and again...

Ainda hoje me choca a dimensão da coisa, o pânico, o ver as torres assim, a desaparecer terra adentro...


Mas naquela altura eu estava noutra. Era caso para dizer...nem que o mundo acabasse, eu TINHA que entregar o trabalho!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Um dia, uma gota faz transbordar o copo

Tenho tentado abster-me de comentários ao caso mais mediático do momento. Mas neste momento, os meus pensamentos começam a desencadear-me sentimentos demasiado confusos para que consiga conter-me!!

A confirmar-se o pior cenário, os pais da menina que todos procuram por todo o mundo há quatro meses são pessoas horríveis, para as quais mais importante do que terem perdido uma filha que diziam amar, é manter uma "boa imagem" - se é que isso ainda é possível - e um bom nível de vida!
E fazem-no à custa da solidariedade que conseguiram despertar por todo o mundo.

Se esta for a verdade, estas pessoas têm andado a brincar com TODA a gente - com a imprensa, com a polícia, com a opinião pública e até com o Papa! Pior, eles terão usado toda esta gente como instrumentos para conseguirem atingir um qualquer objectivo misterioso, numa história inacreditavelmente macabra!

Se se apurar que, de facto, estes pais estão envolvidos no desaparecimento da filha, apesar de todo o teatro e manipulação que têm levado a cabo, então merecem que a justiça lhes seja pesada. Mas é aqui que tenho as minhas dúvidas e temo que este seja mais um daqueles casos revoltantes em que vemos os culpados a escapar impunes pelos seus actos.

Continuo a dizer "se se confirmar..." porque me custa demasiado acreditar nessa hipótese.


Ponto positivo de toda esta história: a atenção que tem chamado para outros casos de crianças desaparecidas há anos e que nunca tiveram este tipo de mobilização. À custa disto foi hoje criada a Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas que irá disponibilizar apoio jurídico e psicológico aos familiares desesperados. Força para todos eles que buscam apenas os filhos e sabem que a sua vida tem um valor incalculável, superior à fama, à mediatização, à mobilização de fundos de particulares bem-intencionados e comovidos para causas duvidosas...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Quando for grande quero ser...criança!

Enquanto crianças, muitas vezes não sabemos dar valor a algumas coisas que depois, na vida adulta gostríamos de ter e já não podemos. Por exemplo, em crianças tínhamos dois ou três meses de férias e quando iam a meio já suspirávamos pelo regresso da correria das aulas.
Em crianças dizíam-nos, "não mexas no fogão, que é perigoso!"...eu continuo à espera que alguém me diga isso hoje! É que deixava-me logo disso, que eu sou muito obediente! Também nos obrigavam a dormir a sesta. OBRIGAVAM! E, pior, nós NÃO QUERÍAMOS mesmo!! Não era fita, simplesmente não tínhamos sono, imagine-se, depois do almoço!
Quando, mas quando me vão obrigar a dormir a sesta no trabalho, para ver se me passa a birra?
Como hoje por exemplo, que estou com uma telha que não há quem me ature! Daquelas que para onde quer que eu olhe só encontro qualquer coisa que me faz resmungar e refilar e morder as palavras e às vezes a língua. Aposto que se me tivessem mandado dormir à tarde, teria chegado muito mais serena a casa e sem este mau-humor que nem eu mesma aguento! E depois ponho-me a dizer asneiras e a bater com as coisas e a falar sozinha coisas muito pouco agradáveis, tentando, em vão, que isto não vá tudo caír em cima de quem está mais perto.
Ou seja, estou com uma birra das feias, malcriada, rezingona e preguiçosa!
E, lá está, se fosse criança era limpinho que já estava a levar com o velho "vai já para o teu quarto, directamente para a cama e não saias de lá até ser de manhã!"
Mas não, eu sou uma pessoa adulta!! Por isso, o que é que eu ouço? Grilos...vento...a voz da minha própria resmunguisse. Ninguém a mandar-me para o quarto!
Agora, com licença. Vou só ali levar um pé de cabra ao pára-bris...err... ao carro e de caminho arranco o fio do telefone e ponho-o a arder em cima do bico do fogão. E, não, nem pensem que me mandam dormir a sesta! Pode ser que assim fique de castigo...uma semana, ou assim!

domingo, 2 de setembro de 2007

Ready! Set! GO!


E pronto. Precisamente um mês depois cá estou eu de novo, sentada em frente ao pc para falar novamente de... férias!

Das que foram, das que já passaram, das que só voltam daqui a mais onze meses de esforço, trabalho, sacrifício e, às vezes, algum desespero provocado pelo desgaste intenso!


Balanço: entre limpezas e arrumações, planos que não se chegaram a concretizar, uma avaria grave no carro que obrigou a uma radical alteração do programa das férias, a tuguisse aguda que espreitava em todos os recantos, tudo bem espremido, ainda deu para passar uns dias agradáveis com a família, outros tantos com o meu amor, deu para ter uns quantos e proveitosos ataques de riso, deu para visitar alguns dos locais mais bonitos do nosso interior português e ficar sem palavras diante de paisagens esmagadoras ("se isto é assim em Portugal, imagina quando formos fazer férias ao estrangeiro..."). Houve tempo para me vingar do calor com umas banhocas maravilhosas e para me vingar da almofada que andou todo o ano a fugir debaixo da minha cabeça cansada.

Houve tempo para ficar com uma corzinha saudável de verão, pelo sol, pelas sardinhas, pelas cervejas geladinhas, mas sobretudo, pelo descanso, pela ausência de pressões e de horários, pelo relaxamento.


Agora que faltam menos de 24 horas para voltar ao trabalho (o que é isso?!) é tempo de voltar ao mundo real e despertar do torpor das férias. Levo comigo amanhã a corzinha e o sorriso e provavelmente uns resquícios de preguiça. As baterias estão carregadas, só não sei se vão durar o tempo necessário, até às próximas férias.


Provavelmente não.